Beber não é bem o termo, pois eles praticamente não ingerem líquido.
A pequena quantidade que entra pela boca vai para as brânquias, órgãos respiratórios onde também acontecem as trocas de água com o ambiente.
Nos peixes de água doce, o líquido entra naturalmente no organismo, por osmose.
Isso acontece devido à concentração de sais ser maior no corpo do peixe do que na água que o cerca. Como absorvem muita água, eles possuem um rim bem desenvolvido, capaz de eliminar excessos.
Já nos peixes marinhos, a tendência é inversa: o animal é que perde água para o ambiente e os rins são pouco desenvolvidos (justamente para evitar maior perda de líquido). O excesso de sais é eliminado por meio de glândulas especiais localizadas nas brânquias.
Para realizar todas essas funções, é fundamental manter uma boa circulação de água.
Por isso, depois da entrada do líquido, o peixe fecha a boca e pequenos ossos chamados opérculos obstruem a superfície das brânquias, também conhecidas como guelras.
"Com esses orifícios fechados, cria-se uma pressão que impulsiona a água em direção aos filamentos branquiais, responsáveis pela retirada do oxigênio", explica o biólogo Naércio Aquino Menezes, do Museu de Zoologia da USP.
O sangue flui nos vasos capilares localizados nas brânquias em sentido contrário ao da água. Essa contra-corrente faz o oxigênio passar para o sangue, enquanto a água absorve o gás carbônico.
Após esse processo, que dura poucos segundos, o peixe abre os opérculos, eliminando a água.
Por viverem em meio líquido, os peixes não precisam beber água para hidratar a pele, ao contrário dos animais terrestres.
Até o próximo post. Um abraço, sempre sincero; BELcrei2011
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